SETOR AGROPECUÁRIO:
A agropecuária vem se mantendo, ao lado do Pólo Cerâmico, como uma das principais fontes econômicas do Itajá, pelo valor representativo de sua produção e renda.
Agricultura: Esta, tem seu espaço tradicional na economia do município, que tem como produtos principais, o feijão irrigado e de vazantes, o milho, a batata-doce, a melancia, o jerimum e as plantações de frutas e verduras.
Pecuária: Ultimamente, a pecuária vem crescendo o seu valor de produção, representada, principalmente, pelos rebanhos: bovinos (2.200 cabeças), ovinos (2.800 cabeças), caprinos (1.860 cabeças), suínos (350 cabeças). Em menor escala, surgem os asininos (170 cabeças) e os muares (35 cabeças). Os bovinos, são responsáveis pela maior produção, que consiste em leite, creme/nata, manteiga e queijo, além de carnes e peles. Pela sua razoável produção de leite, o Itajá faz parte da Bacia Leiteira de Assu. Em segundo plano, vêm os ovinos e caprinos, que respondem por uma boa produção de carnes e peles.
SETOR PESQUEIRO (PISCICULTURA):
Com o advento da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o Itajá vem se destacando como grande produtor de pescado de água-doce do Rio Grande do Norte, representado pelas espécies como tilápia, tucanaré, pescada, tambaqui, piau e camarão, entre outras espécies. Os açudes do Saco, no entorno da cidade, Mundo Novo
e Areias, bem como as lagoas da Acauã e Jiqui, respondem por uma boa produção de pescado, como a curimatã, a traíra, o piau, o acará, o cangati, entre outros, classificados como peixes de segunda. Além do consumo interno, Itajá exporta sua produção pesqueira, principalmente, para Natal, Mossoró, Parnamirim e Macaíba, com um bom incremento de receita na sua economia. Destaca-se, por oportuno, que o novo lago artificial criado por José de Deus Barbosa Filho (Lago do Fidélis), responde por uma boa produção de peixes, inclusive, por espécies trazidas do rio São Francisco. Dentro, em breve, este lago será oportunizado para se transformar numa grande atração turística para o Itajá. É só esperar.
EXTRATIVISMO:
Extrativismo Mineral: Geologicamente, o município do Itajá abrange terrenos pertencentes ao embasamento cristalino e à Bacia Potiguar. Daí, a presença de rochas graníticas e migmáticas ornamentais, utilizadas pela construção civil, atualmente em larga escala de produção, tendo como responsáveis pela exploração, as empresas CONFASPAL e ROCHA GRANÍTICA ITAJÁ. Recentemente, foi descoberto a presença de sheelita, e mármore em suas terras, com reservas, ainda, inexploradas. Vale destacar a presença do granito róseo e azul. Foi encontrada rochas basálticas, de origens vulcânicas, na ilha do Basalto, na barragem Armando Ribeiro Gonçalves.
Extrativismo Vegetal: No extrativismo vegetal, sua principal fonte econômica é a cera-de-carnaúba que, em razão do processo de sua substituição pela fruticultura irrigada, vem sendo erradicada em todo o Vale do Açu, cuja consequência, é a perda do seu valor de produção. Em escala inferior, vem a semente-de-oiticica, o coco-da-bahia, e a lenha para abastecer as cerâmicas.
SETOR INDUSTRIAL:
Mesmo não possuindo indústrias diversificadas, o Pólo Ceramista do Itajá é bem representativo para sua economia e da microrregião do Vale do Açu. Contando com um excelente solo sílicoargiloso, a indústria cerâmica se expandiu de tal forma, que o município se vê numa cômoda posição de destaque como Pólo Ceramista do Rio Grande do Norte. Basicamente, a boa receita desta indústria de transformação, consiste na exportação de telhas, tijolos e lajotas que se destinam para as principais cidades do Estado, notadamente para Natal, bem como para outras cidades dos estados da Paraíba e de Pernambuco. Hoje, o Pólo Ceramista do Itajá, é responsável por 75% da população ativa deste município. Dentre em breve, o Pólo Ceramista do Itajá e suas adjacências, serão beneficiados pelo Projeto do Gasoduto interligando Guamaré ao Seridó, que já se encontra como meta do Governo do Estado. Por outro lado, com a implantação desse gasoduto, vai ser resolvido um problema muito sério, que é a queima indiscriminada de madeiras destinadas ao abastecimento dos altos fornos dessas cerâmicas, causando a desertificação do semi-árido norteriograndense, criando, igualmente, problemas no ecossistema da região. Em plano bem inferior, se destacam as indústrias de panificação (2), de móveis (2) e de artesanato. É digno, o seu artesanato de palha de carnaúba, onde se fabrica chapéus, esteiras, bolsas, vassouras e peneiras. O talo da carnaúba é aproveitado para fabricar caçuás destinados a animais de carga.
SETOR COMERCIAL:
Nos últimos anos vem se instalando, no Itajá, uma boa estrutura de comércio representada por mercadinhos, padarias, restaurantes, farmácias, armarinhos, lojas de material de construção, postos de combustíveis (2) etc. Esse crescimento demonstra que, à medida que uma sociedade se urbaniza ela passa a necessitar e a exigir mais atrativos e serviços, cujo processo de urbanização é um fato, por conta dos sucessivos deslocamentos da população das áreas rurais para a cidade. Nestes ramos de comércio, os principais são: Mercadinho Medeiros, Comercial Padre Cícero, Superbox Dantas, Farmácias Itajá, Farmácia Medeiros, Posto N. S. dos Impossíveis e Churrascaria N. S. dos Impossíveis.
Os restaurantes e pousadas respondem, também, por uma boa parcela da economia do Itajá, com sua culinária à base de peixe d’água- doce e carnede-sol. Os principais, são: Guimarães Apart-Hotel, com 25 apartamentos bem instalados, com frigobar, televisão, telefone, bem como com uma boa estrutura de churrascaria (Churrascaria Gaúcha), cujo empreendimentos, pertence aos irmãos Licélio e Lutércio Guimarães, Adega da Ponte (restaurante e pousada), Peixada do Agenor, Peixada do Chico Félix (à beira da barragem Armando Ribeiro) e Peixada da Acauã.
Em segundo plano, vem o Restaurante do Balneário, com suas frondosas mangueiras e com banhos de água permanente, que sai das comportas da barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Neste balneário, curte-se a pescaria de anzol e de tarrafa, além do gostoso repouso em redes armadas debaixo das mangueiras.
Vale ressaltar, o segmento da economia informal, que agrega uma representativa parcela de trabalhadores que geram as suas próprias rendas, como os autônomos, biscateiros, borracheiros, empregados domésticos, vendedores ambulantes, artesãos, entre outros.
(Fonte: Livro Itajá dos Lopes – 2ª Edição Autor: Evangelista Lopes)