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Geografia

O município do Itajá, se acha geograficamente localizado na microrregião do Vale do Açu, com o privilégio de está à margem direita do Rio Piranhas-Açu, a mais importante artéria fluvial do Estado, e logo abaixo da barragem Armando Ribeiro Gonçalves (1,2 km), a maior do Estado, bem como se acha servida pela Rodovia BR-304, a mais importante do Estado, bem com pela RN-118 (Caicó/Macau). Pode-se dizer, que o município do Itajá é uma ilha cercada de águas por todos os lados, e abençoada pelos recursos hídricos em sua volta, como a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, os açudes Mendubim e de Pataxó. O canal de Pataxó, serpenteando toda a área urbana da cidade do Itajá, completa o circuito das águas, indo desaguar no rio Pataxó que, por sua vez, despeja suas águas no rio Piranhas-Açu.

LIMITES: O município do Itajá, tem seus limites com os seguintes municípios do Estado: ao norte, Ipanguaçu; ao sul, São Rafael e Santana do Matos; a oeste, Assu; a leste, Angicos.

RELEVO: Apesar do município do Itajá apresentar um relevo modesto, sua topografia é ondulada com algumas saliências e reentrâncias. À medida que se vai afastando das margens do Rio Piranhas-Açu (vale/várzea) e da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, vão surgindo os tabuleiros predominantes de pedras e escarpados, profundamente trabalhados pelos agentes erosivos da natureza (erosão eólica e pluvial). Esse relevo se apresenta com três tipos de solos: aluviais ou aluviões, eutróficos e lolossolos eutróficos. Seus pontos mais altos ficam no morro da Caixa D´água e no Alto da Cruz da Negra, com altitudes inferiores a 100 metros.

SUPERFÍCIE: O município do Itajá possui uma superfície de 204 km2, distribuídos entre a pedra (maior área) e o vale/várzea (menor área).

LATITUDE: O Itajá possui as seguintes coordenadas geográficas: 5º, 34’, 18’’ de latitude Sul; 36º, 54’, 36’’ de longitude a Oeste do meridiano de Greenwich (Londres).

LONGITUDE: 36º, 52’, 17’’ de longitude a Oeste do meridiano de Greenwich(Londres), cujo meridiano, determina os fusos horários do planeta Terra.

ALTITUDE: A altitude da cidade se eleva a 55 metros, em relação ao nível do mar.

CLIMA/TEMPERATURA: Itajá apresenta um clima quente e seco, com as seguintes temperaturas: 26º para as mínimas; 32º para as compensadas; 38º para as máximas. Embora o clima seja quente e seco, por sua vez, é por demais sadio, não se registrando doenças contagiosas, nem tão pouco,pestes calamitosas que venham afligir a sua população. As precipitações pluviométricas anuais oscilam em torno de 550 a 650mm, em média. A exemplo de todo o Rio Grande do Norte, o Itajá possui apenas duas estações do ano: a seca e a chuvosa, ou seja, verão e inverno. Apesar de elevada temperatura no verão, esta baixa sensivelmente no inverno, que se torna amena.

HIDROGRAFIA: Embora seja banhado pelo maior rio que sulca o Rio Grande do Norte, o Rio Piranhas-Açu, e não obstante achar-se drenado pela maior barragem deste Estado, a Armando Ribeiro Gonçalves, o município do Itajá não possui cursos d’águas de projeção. No plano inferior, merecem menção os rios Sombras e do Meio, e os riachos do Pocete, Cachoeira Grande, Mundo Novo, Pedra Rachada, Samba Quixaba, Cachoeirinha, Oiticica, Barra e Bisca. Quanto aos reservatórios d’águas, além da citada barragem, merecem destaques os açudes do Saco, próximo à área urbana da cidade, Pocete, Cachoeira Grande, Mundo Novo e Areias, além das lagoas Acauã, Jiqui e Melancias, esta última, um apêndice do açude do Saco. Dentre estes mananciais d’águas, merece destaque o Lago do Fidélis, situado entre os bairros Centro e São Manoel, construído artificialmente, por José de Deus Barbosa Filho, um dos filhos ilustres do Itajá.

VEGETAÇÃO: A vegetação que viceja no município do Itajá, é de pouca variedade. Mesmo assim, se distinguem duas associações vegetais bem características e diversificadas; de um lado, os exuberantes carnaubais (vale/várzea) que, aos poucos, vem sendo erradicado do Vale do Açu; do outro lado, a caatinga, apresentando suas espécies características como as espinheiras, cactáceas (xique-xique, facheiro, coroa-de-frade, palma e macambira) e os arbustos de pequeno porte como a jurema preta e a branca, o pereiro, a faveleira, o marmeleiro, o mufumbo, o velame, entre outras espécies de menor presença.

(Fonte: Livro Itajá dos Lopes – 2ª Edição Autor: Evangelista Lopes)

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