A prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde de Itajá, realizou nesta sexta-feira, 31, a Campanha “Janeiro Roxo”, cujo objetivo é educar e conscientizar a população sobre a Hanseníase, seu diagnóstico precoce, a redução de agravos e o tratamento. A doença é causada por uma bactéria e os sintomas geralmente não são percebidos pelos pacientes.
A campanha aconteceu em vários bairros do município, com palestra e orientações das equipes de profissionais. Durante a campanha, as equipes de saúde da rede municipal realizarão palestras abertas à comunidade na “Esquina Saúde”, foram distribuídos panfletos e material informativo para a população, bem como atendimento de enfermagem, teste de glicemia capilar, aferição de pressão arterial e realização de testes rápidos: Sífilis, HIV, Hepatites B e C, como também educação em saúde na parte de saúde bucal.
De acordo com a Coordenadora do programa de hanseníase do município Fábia Galvão, o controle da doença ainda é desafiador. “É importante que as pessoas saibam que a hanseníase tem cura e que o tratamento é gratuito”.
É uma doença infecciosa e contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. A pele também pode ter alteração da sensibilidade e o paciente não sente (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e mesmo o toque. É comum ter sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos. Atenção: o paciente pode ter dificuldades para segurar objetos, pode queimar-se e não sentir ou, por exemplo, perder os chinelos sem perceber. A doença pode provocar o surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular.
A hanseníase não é hereditária. É causada pelo bacilo Mycobacterium leprae e sua transmissão acontece de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro, fala).
O diagnóstico precisa ser feito o quanto antes. A doença pode ser diagnosticada em uma consulta médica em consultório ou ambulatório. O médico analisa lesões na pele com manchas (partes da pele podem não ter sensibilidade) e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). O serviço público de saúde em todo o Brasil oferece gratuitamente o tratamento. Importante: todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase devem ser examinadas.
A hanseníase tem cura. Quanto mais cedo o tratamento, menores são as agressões aos nervos e é possível evitar complicações. O paciente que inicia o tratamento não transmite a doença a familiares, amigos, colegas de trabalho ou escola. Se seguir o tratamento cuidadosamente, o paciente recebe alta por cura.